Sousa Martins [1897]
Foi na Escola Médico-Cirurgica de Lisboa que Sousa Martins se licenciou e desempenhou as funções de professor de Patologia Geral e de História da Medicina.
Mais de cem anos depois da sua morte (1897) a recordação do prestígio do clínico e do professor mantém-se intacta. O culto que lhe é tributado, junto do monumento erguido no Campo Santana em sua homenagem, congrega numerosos devotos.
No dizer do Professor José António Serrano «a cátedra fê-lo grande, as foi a clínica que o consagrou». O volume In Memoriam que lhe foi dedicado encerra numerosos testemunhos que enalteceram a sua vida e obra, e a imensa afabilidade para com os discípulos e os doentes.
Sousa Martins foi Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa em 1897. A Sociedade constituiu ao longo de anos o grande palco onde o talento e a eloquência de Sousa Martins se patentearam perante um auditório ávido de o escutar e ver.
A eloquência tribunícia de Sousa Martins – «o espectáculo verbal da sua palavra e as entoações discursivas eram semelhantes a uma cachoeira, que só pode imaginá-la quem a presenciou» – no dizer de Bettencourt Raposo, seu amigo, colega e admirador.