Celestino da Costa [1946/1949]

46. Celestino da Costa

«Os requisitos dum professor universitário seriam, além da inteligência e qualidades morais, a ilustração, a especialização num ramo do saber, um passado de trabalho científico, o entusiasmo pela investigação e as qualidades didácticas.»

Este pensamento do Professor Celestino da Costa, proferido em 1918, com 34 anos de idade, abarca um vasto programa que ele viria a cumprir exemplarmente até à morte, ocorrida dois anos após a jubilação, em 1954. Com efeito, tratou-se dum docente, catedrático com 27 anos de idade, com qualidades pedagógicas exemplares, dum apóstolo da investigação científica em Portugal e que foi investigador com grande capacidade criadora durante 52 anos em Embriologia, Histologia e Endocrinologia; dum cultor de Biologia Marítima; duma autoridade na organização hospitalar e na organização do Ensino Médico. Enfim, noutras múltiplas facetas da sua personalidade, ainda o cultor da História, da Arte; o melómano e o dedicado historiador da sua cidade.

Na chamada geração de 1911 foi o Professor Augusto Celestino da Costa quem atingiu maior projecção científica nacional e internacional.

Como tem sido referido, ele, Augusto no nome, foi marcadamente Augusto na sua fecunda obra e na sua longa vida, que se extinguiram no mesmo momento.